domingo, 25 de junho de 2017

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PUBLICA MUNICIPAL

A Gestão Pública Municipal tem inúmeros desafios a serem superados para poder levar a população serviços de qualidade, o Gestor Público ao compor sua equipe, precisa avaliar competência técnica, responsabilidade e o nível de conhecimento que sua equipe possui sobre os principais problemas locais para atender as necessidades sociais da forma mais correta possível.

A Gestão Pública Municipal eficiente baseia-se em princípios modernos, em prol da qualidade de vida da sociedade, e um dos princípios da Nova gestão Pública, ou Gestão Publica Gerencial é a aplicação do Planejamento Estratégico e sua importância na composição do quadro de colaboradores.

O Capital Humano, como é chamado o quadro de funcionários nesse novo modelo de gestão, busca a valorização das qualidades e competências individuais, por isso é chamado de capital, porque tem valor e dele depende o bom andamento de toda gestão, a gestão pública é executada por pessoas para o beneficio de pessoas (sociedade).

Para cumprir bem sua função, a administração pública – órgãos e entidades – deve possuir, além dos recursos adequados, o capital humano necessário de modo a atuar com eficiência, eficácia e efetividade, trazendo para a administração pública significativa melhoria de seu desempenho.

A sociedade, por sua vez, exige moralidade, profissionalismo e excelência por parte dos funcionários públicos, bem como por melhor qualidade de vida e redução das desigualdades sociais. O cidadão vem deixando, gradualmente, de ser sujeito passivo e passa a exigir, em níveis progressivos, melhores serviços, respeito à cidadania e mais transparência, honestidade, economicidade e efetividade no uso dos recursos públicos.

Levando em consideração as exigências citadas, a busca pelo aperfeiçoamento e pela profissionalização da administração pública assume papel fundamental para cumprir com os anseios da sociedade.

A nova administração pública tem como foco o atendimento das necessidades do cidadão. Para tanto, são empregados diversas ferramentas gerenciais, entre elas a mudança na postura estratégica das organizações públicas, não há mais lugar para o improviso, a gestão pública exige pessoal qualificado e disposto ao desenvolvimento de um trabalho de excelência, e é ai que entra o conceito de planejamento na gestão de um município.



OS TRÊS NÍVEIS DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL NO SETOR PÚBLICO: Estratégico, Tático e Operacional.

http://www.blogdaqualidade.com.br/a-diferenca-entre-o-planejamento-estrategico-tatico-e-operacional/
http://portal3.tcu.gov.br/portal/pls/portal/docs/2507576.PDF
http://www.administradores.com.br/artigos/academico/a-aplicacao

GAYS: A ARMADILHA DA “ACEITAÇÃO” PELO CONSUMO

Publicidade mostra-se agora, “tolerante” ao homessexual. Mas se formos apenas consumidores, que restará de nosso desejo divergente? E que ocorre quando não atendemos os padrões ditados pelo mercado?
Como tem acontecido em anos mais recentes, no mês de junho, quando ocorre o dia mundial do orgulho gay e no Brasil se comemora o dia dos namorados, surgem peças publicitárias, propagandas em televisão e nas redes sociais, nas quais apareceram entre os casais heteronormativos, também casais gays e de lésbicas. Em torno dessas propagandas se verificam sempre duas reações excludentes, e, por conseguinte binárias: de um lado, o ataque por parte dos intolerantes; por outro, a defesa e “comemoração” por parte da comunidade formada pelos de orientação sexualmente divergente.

Porém, do lado de cá, o nosso lado, o lado de todos aqueles e aquelas que divergem, fazendo dos seus corpos e desejos uma ousada insubmissão ao império da heteronormatividade, há de se pensar que nestes casos, o da visibilidade pelo consumo, nem tudo é ganho, nem tudo é avanço, nem tudo é motivo de comemoração. Há de se pensar, e isto não tem ocorrido com frequência, sobre os riscos de termos nossas visibilidades e nossos desejos – que constituem nossa imagem e identidades – umbilicalmente atrelados ao consumo e seus meios. Com efeito, deveríamos, ao menos de início, suspeitar, se não haveria nenhum risco neste tipo de visibilidade, uma vez que o consumo não é o elemento que constitui nossas diferenças em relação à sexualidade padrão.

Não se trata de negar o avanço, o passo, pode-se dizer civilizatório, na oportunidade de que os divergentes possam estar na mesma oportunidade ao lado dos heterossexuais. Afinal, o dinheiro e os produtos que se compram com ele não possuem identidade de gênero, ou orientação sexual. Contudo, quando a imagem dos divergentes, ao estar associada diretamente ao consumo — pois são peças publicitárias cuja destinação final não é a tolerância, mas a venda de produtos — a tolerância torna-se oportunidade de lucro. Nos dão visibilidade, mas lucram com nossos desejos de reconhecimento e igualdade.

Não é por bondade pura do mercado que os divergentes devem aparecer, mas pelo reconhecimento perverso de que eles são também consumidores, e como tais devem ser tratados. Se compram, e se parte do público alvo aparece, isto é, os heteronormativos, porque não os gays, lésbicas e transgêneros? Um pensamento que aparentemente traz consigo o selo da igualdade. Mas se poderia indagar: ora, teríamos aí, de fato, uma igualdade, o reconhecimento de que não importa com quem você vai para cama? Talvez sim, porém a questão é como se estabelece esse reconhecimento e suposto tratamento igualitário. Ele ocorre sobre o liame de algo que é estranho e alheio ao nosso desejo divergente. Ou seja, trata-se de um reconhecimento que não considera nossa diferença por ela mesma, mas por estar vinculada ao consumo. Não se trata de tolerar por quem somos, mas por sermos consumidores. Uma tendência ao apagamento da diferença, de modo que ao fim prepondere a figura do consumidor. Mais se não atendermos mais aos padrões de consumo estabelecido pelo mercado, continuaremos a ser tolerados? Penso que não, pois somos tolerados enquanto fonte de lucro, quando não puderem mais lucrar com nossos desejos seremos descartados, ou simplesmente subsumidos no modelo padrão: isto é, a heteronormatividade.

É um simples cálculo estratégico para ampliação de nicho de mercado. Com efeito, já há até um dito mercado gay, um setor de mercado dirigido a atender o consumo do público gay. Neste, pelo que se vê, rentável setor, uma das mercadorias-serviço de ponta parece ser o turismo gay. Neste tipo de nicho de mercado, prevalece a imagem estereotipada do gay como sujeito de classe média, boa vida e de corpo atlético: os conhecidos barbie de the week. É justamente a imagem de um gay com estas características que em geral aparece nas propagandas: o homossexual que segue o padrão de beleza heteronormativo. Dessa maneira, permite-se a apresentação da diferença, mas desde que ela seja expropriada para ser apresentada, e ganhe espaço de visibilidade seguindo aquilo que já está estabelecido.

Para os divergentes de baixa renda, aqueles que estão na periferia, de seu grupo e das cidades: nenhuma propaganda, nenhum reconhecimento, afinal de contas não podem ter o padrão de consumo desejável, e se não consomem, não merecem reconhecimento, nem visibilidade. Tratam-se daqueles, que muitas vezes são caracterizados de forma segregacionista como os pão-com-ovo, as póc. Ora, o tratamento pão-com-ovo nada mais é que uma distinção segregacionista com base no consumo. O que mostra o quanto este tipo de reconhecimento pelo consumo perverso está se estabilizando, tornando-se, pois, um tipo de baliza que mede os que merecem reconhecimento e espaço de visibilidade e os que não merecem.

Porém, mesmo para aqueles que atendem aos padrões de consumo exigidos pelo mercado, fica a pergunta: estes também são, de fato, tolerados? Parece que não. Nas peças publicitárias e nas propagandas, o divergente nunca é só sua imagem; mas a sua, e a de consumidor. E como a tolerância não é o reconhecimento daquilo que o constitui como diferente, da sua diferença mais diversa, mas a igualdade do mercado, isto é, o consumir, ocorre um reconhecimento dissimulado, que tende a apagar a diferença, ou seja, não tolerar. Veja-se, por exemplo, que ao lado do aumento das peças publicitárias com casais gays e de lésbicas, continuam ocorrendo vários episódios de gays e lésbicas que são expulsos, na maioria dos casos, de restaurantes e barzinhos. O que significam estes dois fenômenos aparentemente contraditórios? O recado é claro: ainda que consumas, e se iguale aos outros neste aspecto, não deixas de ser divergente, e o que sustenta, de fato, o lucro é o consumo da maioria, que é heteronormativa; por isso, escolhemos a hora que lucramos contigo e a hora que é preciso reforça para a maioria que continuas a ser quem és: o diferente, a minoria. Nos ocultam com a máscara do consumo, que por ser máscara, é fingimento, mas nunca esquecem o que realmente somos. Assim, trata-se de uma “falsa tolerância”, uma visibilidade que não é emancipatória. Resta então perguntar: queremos esta tolerância falsa?
Fonte: Outras palavras / Debates culturais


A FORÇA DO WHATSAPP NO PROCESSO DO TRABALHO.

Por Marcos Alencar 16/06/17
A Constituição Federal de 1988, dispõe o seguinte, a respeito das provas obtidas por meios ilícitos:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

LVI – são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;

XII – e inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; (Vide Lei nº 9.296, de 1996)

Porém, depois da interpretação dada pelo Supremo Tribunal Federal em 2009, com repercussão geral, de que a gravação de ambiente realizada por um dos interlocutores, não se constitui prova obtida de forma ilícita, podendo ser usada como meio de prova.

Isso quer dizer que o ato reputado de covardia, de uma pessoa gravar a outra ocultamente – não se constitui em ato ilícito e nem desmerece a prova.

Segue o julgado:

“Ação penal. Prova. Gravação ambiental. Realização por um dos interlocutores sem conhecimento do outro. Validade. Jurisprudência reafirmada. Repercussão geral reconhecida. Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC. É lícita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro.” (RE 583.937-QO-RG, Rel. Min. Cezar Peluso, com repercussão geral.)

Diante desse longo preâmbulo, chegamos a uma ferramenta que vem sendo utilizada de forma crescente no processo do trabalho, que são as mensagens trocadas via “whatsapp”, fotografias e filmes recebidos e também as suas gravações.

Inspirando-se na analogia do que interpretou o Supremo Tribunal Federal quanto as gravações de ambiente, todo o material coletado numa conversa por uma das partes da conversa privada ou do grupo, vem sendo utilizado amplamente como meio de prova e a aceitação do Juízo Trabalhista.

Na Justiça do Trabalho, pela informalidade do processo, os Juízes sequer exigem que a parte traga uma ata notarial dando autenticidade às mensagens. Isso só tem ocorrido nos casos em que a parte contrária contesta o teor das mensagens e argui um incidente de falsidade documental.

A sociedade precisa entender que a mensagem trocada nessa valiosa ferramenta de comunicação tem o mesmo valor de uma carta escrita a punho, ou seja, compromete o remetente naquilo que se registra.

Há situações inusitadas em que o empregador nega, por exemplo, o pagamento de salário “por fora” e o ex-empregado, no prazo concedido para juntada de documentos traz ao processo uma série de mensagens do setor financeiro da empresa informando sobre o fechamento de suas comissões e prevendo o pagamento, em espécie.

É importante que quando se escreva uma mensagem eletrônica, seja por qual ferramenta for, se entenda que aquilo que está sendo escrito poderá ser usado contra a pessoa do remetente ou a quem ele representa.

Salientamos que a criptografia que torna os dados trocados nas mensagens sigilosos, o é em relação aos terceiros, mas quanto a ponta a ponta da troca de mensagens não.

No caso da gravação do Joesley Batista ele usava o telegram, que aponta para outra parte quando o destinatário “printa a tela”, porém, ele usava um outro aparelho para fotografar a tela do que está sendo usado na comunicação.

Em síntese, quem não deve não teme e esta deve ser a grande máxima e norte para quem usa as importantes ferramentas de comunicação no seu dia a dia.
(Trabalhismo em debate)


OS “ISMOS” DA POLÍTICA NACIONAL: POPULISMO E PATERNALISMO

Getúlio Vargas foi um presidente que seguiu o populismo.
Populismo é uma forma de governar em que o governante utiliza de vários recursos para obter apoio popular. O populista utiliza uma linguagem simples e popular, usa e abusa da propaganda pessoal, afirma não ser igual aos outros políticos, toma medidas autoritárias, não respeita os partidos políticos e instituições democráticas, diz que é capaz de resolver todos os problemas e possui um comportamento bem carismático.

Mesmo com o advento da República em 1889, as expectativas que alguns intelectuais poderiam ter quanto à emancipação política e à criação de senso crítico e político na população – não só rural, mas também urbana –, com a estruturação de um sistema partidário e uma aparente modernização política foram frustradas. Somando-se ao grupo dos “ismos” que marcaram os primórdios da formação da sociedade brasileira, (patriarcalismo, coronelismo, mandonismo, clientelismo, entre outros) tem-se o populismo e o paternalismo. Pouco mais “recente”, e ligado à história republicana do país, o populismo teve o mesmo papel de alienador que os demais “ismos”, uma vez que, pela exaltação e promoção popular de algumas figuras como Getúlio Vargas, bem como através de políticas paternalistas, também promoveu a exclusão da maioria do sistema político.

No Brasil, no início do século passado, as oligarquias que até então dominavam o Estado entraram em decadência; e uma elite burguesa e já urbana ansiava reordenar a vida política nacional. Com a participação da classe média e até mesmo militar, em 1930 ocorreu a revolução que daria início à era Vargas. Até então a pressão popular não era sentida, haja vista a enorme exclusão eleitoral da sociedade, quadro este que viria a mudar após a revolução. O Brasil da primeira metade do século XX passaria por mudanças em sua arena política e as pressões populares ganhariam corpo, como nos mostra Francisco Welffort, em sua obra O populismo na política brasileira (1978):

Se a pressão popular sobre as estruturas do Estado pode ser apenas sentida pelas minorias dominantes na etapa anterior a 1930; na etapa posterior, ela se tornará rapidamente um dos elementos centrais do processo político, pelo menos no sentido de que as formas de aquisição ou de preservação do poder estarão cada vez mais impregnadas da presença popular” (WEFFORT, 1978, p. 67).

Daí em diante, as políticas públicas precisariam atender a esta demanda, uma vez que a pressão começou a existir. Embora começasse a despontar, é preciso que se faça a ressalva de que a participação efetiva da massa popular ainda era irrisória e se dava através da intermediação de partidos políticos que se diziam representantes de suas necessidades, mas que, na verdade, representavam também grupos dominantes.

“...cabe observar que se no período oligárquico as massas se encontram distanciadas de qualquer possibilidade de participação real, no período posterior – seja durante a ditadura de Vargas, seja durante a etapa democrática (1945-1964) – sua participação ocorrerá sempre sob a tutela de representantes de alguns dentre os grupos dominantes [...] seria difícil dizer que as massas populares, ou algum de seus setores, tenham conseguido participar do processo político com um mínimo de autonomia” (WEFFORT, 1978, p. 67).

Estavam criadas as condições para o desenvolvimento de políticas clientelistas e paternalistas, as quais não almejavam na verdade a criação de melhorias “reais” e substanciais à população, mas sim um conjunto de políticas até certo ponto benéfico, mas que não passava de um mecanismo para que determinadas elites se mantivessem no poder, uma vez que nem mesmo era considerada a elaboração de instrumentos para que a participação popular na política fosse promovida. Nas palavras de Nicola Matteucci, em um Dicionário de Política (2004) que ajudou a organizar, sobre o paternalismo pode-se afirmar que se trata de uma política autoritária e benévola, uma atividade assistencial em favor do povo, exercida desde o alto, com métodos meramente administrativos, que por outro lado servirão somente para acalmar os ânimos de uma pressão popular. Não obstante, este autor continua afirmando que a oposição a este tipo de política só é feita através da defesa da liberdade política, que conduz à valorização do pluralismo político e social, bem como através do repúdio à solução de problemas individuais e sociais com métodos administrativos e burocráticos, que alienam o indivíduo do sistema político. O populismo foi, sem dúvida, erguido sobre esta vertente que tenta apaziguar as pressões, construindo paralelamente uma figura personalíssima, de um representante que através de seu discurso populista, em “nome do povo”, e de uma ideologia populista, busca apoio popular (como fora o caso das reformas trabalhistas empreendidas por Vargas em virtude das pressões da classe operária), mas que na verdade objetiva sua manutenção no poder. É possível afirmar que, desta forma, o populismo teria um duplo caráter, em outras palavras, seria dado por um paradoxo, uma vez que os setores dominantes promovem a participação dos dominados e das massas, para que sejam suporte de um regime no qual continuariam a ser dominados.
(Uol)

Paulo Silvino Ribeiro
Colaborador Brasil Escola
Bacharel em Ciências Sociais pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas
Mestre em Sociologia pela UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
Doutorando em Sociologia pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas



sexta-feira, 16 de junho de 2017

AMANHÃ 17, DOUTORES NA COMUNIDADE CHEGA AO SÍTIO SÃO MATEUS EM CAMOCIM



O projeto Doutores na Comunidade estará neste sábado, 17, a partir das 8h, atendendo na localidade do Sítio São Mateus, zona rural de Camocim, na residência do Senhor "Manoel Berto".

Serão Médicos, Advogados, enfermeiros, farmacêuticos, dentista, assistente social e medicamentos que serão entregue de forma gratuita â população das localidades de Sítio São Mateus, Torta, Moréias e adjacências. O Dr. Zenilson Coelho conta com a presença de todos.

O projeto

O projeto Doutores na Comunidade ocorre todo mês, durante um final de semana, contemplando uma comunidade, distrito ou localidade carente, a qual será levado médicos (e medicamentos) e advogados que atenderão gratuitamente.

Voluntariado

Os profissionais de saúde, dentistas, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, farmacêuticos ou qualquer outro profissional de saúde, caso estejam interessados em participar do projeto, devem entrar em contato com Zenilson Coelho através do telefone 085 99657-7147 ou 3621-1179, ou se dirigir ao Escritório Zenilson Coelho Advocacia, situado na Beira Mar, 455, Centro, em frente ao Píer, ou ainda com o vereador Zezinho da Rádio.
(Revista Camocim)


quinta-feira, 1 de junho de 2017

A VIDA NÃO PRECISA SER SÓ TRABALHAR, PAGAR CONTAS E MORRER!



Somos muito cobrados o tempo todo. O TEMPO TODO.

Tem que ir bem na prova, tem que passar de ano, tem que entrar numa faculdade boa, tem que fazer um curso renomado, arranjar um bom emprego, ter um bom currículo, ganhar mais que os seus amigos.

Eu, pessoalmente, nunca entendi essa pressão toda em arranjar um bom emprego aos 20 e tantos anos de idade. É ensinado que sucesso na vida é ter um cargo alto, numa empresa reconhecida, com vários subordinados. Crescemos acreditando fielmente nisso.

E daí, se você vai se tornar uma pessoa depressiva, mega competitiva e materialista? Se você tá ganhando dinheiro é isso que importa, né?

Não!

A vida não deveria ser só estudar, trabalhar, ganhar dinheiro e morrer.

Não nascemos neste mundo maravilhoso, cheio de lugar diferente, pessoas singulares, comidas exóticas, para viver num escritório, todos os dias das 8h às 17h.

Eu, por exemplo, me considero uma pessoa muito bem sucedida. Nunca trabalhei em multinacional, pedi demissão de todas as empresas em que entrei e nunca ganhei nenhum salário de dar inveja. Mas me considero muito melhor sucedido do que todos os meus amigos de terno e gravata que recebem mais de 5 salários mínimos por mês. Já pulei de paraquedas, fiz motocross, pesquei em alto mar, percorri trilhas em florestas, apresentei eventos, fui locutor de rádio, garçom, cuidador de pessoas, viajei e viajo bastante, dei aula de inglês, administrei instituições públicas, fui para cidades que a maioria das pessoas nunca nem ouviu falar, faço trabalho voluntário, mochilei completamente sozinho sem direção, morei em vários lugares, fui roubado, furtado e fiquei sem dinheiro, sem ninguém pra me ajudar. Isso não conta como experiência? Isso não deveria ser perguntado em entrevistas de emprego?

Vocês não são os currículos de vocês. Vocês não são as empresas multinacionais que trabalham. Vocês não são o salário que ganham. Vocês são o que vivem. As pessoas que vocês conhecem. Os livros que vocês lêem. Os lugares que vocês vão. As experiências que vocês têm.

Gente, vá trabalhar como garçonete, juntar dinheiro e viajar o mundo. Vá fazer trabalho voluntário. Escrever um livro, mesmo que não seja publicado. Lute por uma causa que você acredite, mesmo com o mundo inteiro te achando louco por isso (nessa eu sou profissional). Plante uma árvore, sei lá…

Louco é quem, aos 20 e tantos anos, está preso no trânsito indo trabalhar. Vendo as mesmas pessoas. De frente para o mesmo computador.

Essa busca toda por sucesso profissional é para que? Você realmente precisa de todo esse dinheiro que você está ganhando?

O que vai te acrescentar na vida uns zeros a mais na conta do banco?

Você se acha uma pessoa superior por ter estudado na Luciano Feijão, INTA ou no Estácio? Por trabalhar no Itaú?

E, a não ser que vocês tenham que ajudar financeiramente em casa, não digam que o problema é dinheiro. Como eu já falei em um outro texto, conheci vários lugares com o salário que eu ganhei como professor. E ainda sobrou. Não precisamos de todos esses excessos que “achamos” que precisamos.

Chegamos aos 60 anos. Ricos. Morando em bairro chique. Com um apartamento de 300m². Com faxineira todos os dias para lavar nossa louça e estender nossas camas. Com o carro do ano. Com filhos nas aulas de inglês, alemão e espanhol. Achando que todo o nosso propósito na vida foi alcançado.

Mas chegamos infelizes. Depressivos.

Realização para mim não é dinheiro. Realização são histórias para contar. Realização é sentar num bar com amigos e beber uma breja gelada, ir aonde eu quiser, sem me preocupar no trabalho que eu deixei de fazer hoje porque eu estava sobrecarregado e não sobrou tempo.

Corra atrás do que faz o coração vibrar. Somos muito novos para preocuparmos com aposentadoria e hipoteca. Caixão não tem gaveta, o que ganharem em vida não será levado depois que morrerem.
O que se leva dessa vida é a vida que se leva. 

CUIDADO AO FALAR DEMAIS. CUIDADO AO ENTREGAR O OURO NA MÃO DE BANDIDOS DISFARÇADOS DE MOCINHOS.



Eu acho que a gente sempre passa por muita coisa nessa vida.

A gente tenta, a gente dá chance, tenta melhorar. Muitas vezes o estar só é multiplicar-se em mais conhecimento.

Aliás, às vezes somos a nossa melhor companhia. Nunca sabemos ao certo quem realmente é tão sincero a ponto de não nos puxar o tapete.  De rir de nossos fracassos ou de se achar autossuficiente.

É preciso cuidado. Cuidado ao falar demais. Cuidado ao entregar o ouro na mão de bandidos disfarçados de mocinhos.

É melhor parar e perceber mais quem realmente está à nossa volta. Garanto que poucos são os que realmente se alegram com nossas vitórias. Poucos nos colocam no colo. Outros preferem o tapinha nas costas, o sorriso forçado.

Eu acho que mais vale um silêncio a peso de ouro do que dizer coisas tão pobres a ponto de prejudicar pessoas que estão quietas em seu canto tocando sua vida sem incomodar ninguém.

É por isso que todo dia eu peço a Deus pra me blindar de gente sem noção, de gente que ainda precisa amadurecer a alma.

Tem gente que acha que sabe de tudo mas não sabe de nada. Tem gente que acha que está se divertindo com o sentimento alheio, mas não percebe que muitas vezes está sendo a grande diversão.

Chega uma hora em que é preciso mudar a chave, a voltagem, e afastar tudo que a gente não precisa.

Não precisamos trazer para nós o que não é necessário.  Não precisamos atirar para todos os lados.

Eu acho que apesar de tudo e apesar dos pesares estarmos vivos e em condições de continuar. Um dia, sem esperar, a gente pode esbarrar no que é realmente interessante, realmente simples e menos competitivo. Pode esbarrar naquilo que faz o olhar dizer sem perguntar.

Aí vai do que o coração resolver. Vai do desejo de jogar as malas e correr para o abraço.

Vai do desejo de tentar mais uma vez.

Assim como tem muita gente que se acha, tenho certeza que sempre terá alguém disposto a receber mensagens sinceras vindas do coração e com certeza nos corresponder.

Eu acho que a gente passa por muita coisa. Mas também acho que a gente tem direito de sonhar, de ser feliz de lutar pela nossa paz. 
Por Sil Guidorizzi - visite o meu site