sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

“QUEM PRECISA MAIS DE VOCÊ É O SEU PIOR ALUNO”, DIZ ESCRITOR PEDRO BANDEIRA AOS PROFESSORES



Autor de best-sellers infantojuvenis como “A Droga da Obediência” e especialista em letramento e técnicas de leitura, Pedro Bandeira comparou as profissões de professor e médico, em palestra na 17ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro. A uma plateia cheia de fãs e professores, ele sugeriu que os docentes se atentem às diferenças entre os alunos.

“Cada aluno é diferente do outro. Você tem que ter a habilidade de cuidar de diferentes”, disse ele, que comparou: “Quem precisa mais de médico? É quem está mais doente. Quem precisa mais de você? É o seu pior aluno. O seu bom aluno não precisa de você, ele anda sozinho. Mas se você não cuida do seu mau aluno, ele vai embora”.

O autor deu dicas a professores que querem estimular a leitura, afirmando que alunos que têm mais dificuldades de ler podem ser incentivados, inicialmente, com trechos menores e textos ritmados. Bandeira criticou os professores que cobram que todos os alunos comecem por livros do mesmo tamanho e entendam de forma igual.

“Não existe isso. É a mesma coisa que o médico receitar o mesmo remédio para todos os pacientes”, afirmou ele, que reforçou a necessidade de cuidar dos alunos com dificuldades de aprendizado: “Nossa política sempre foi essa, a de excluir. o mau aluno não interessa, eu expulso da classe. Sempre foi assim. Mas no hospital vou expulsar quem está pior?”

Outro ponto criticado pelo autor foi a preocupação com as notas. Mais uma vez comparando com o universo da medicina, ele disse que as notas são os exames de laboratório que só interessam ao médico, já que o importante é que o paciente saia curado e que o aluno aprenda.

“A nota não é importante. A nota é para você, a prova é para você, assim como o exame de laboratório é para o médico”, disse ele, que ironizou: “Se você for procurar um emprego, não vão perguntar qual foi foi sua nota de ciências na 3ª série. O que importa é o que você é hoje”.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

PERSEGUIÇÃO POLÍTICA – UM MAL QUE RONDA NOSSO MUNICÍPIO

A perseguição política é uma das formas mais covardes de tentar manter o poder sobre as pessoas, é um tipo de comportamento que só é atribuído à pessoas fracas e inseguras acompanhadas de um caráter duvidoso.

O líder inteligente e seguro usa seu tempo para motivar e incentivar tanto os funcionários públicos, bem como todo cidadão, para que se sintam respeitados e valorizados.

Fico realmente espantado ao ver o comportamento de certos agentes públicos que se acham acima da lei, imbatíveis, com super poderes...tão ingênuo acreditar que todo poder durará para sempre, inevitavelmente todo aquele que hoje está investido de poder, em algum momento voltara as funções de origem, quem exerce cargo de confiança voltará ao seu cargo normal, quem é político eleito voltara a fazer parte da classe dos meros mortais, tudo passa, inclusive o poder que se julga ter sobre as outras pessoas. A vida é uma roda gigante: “trate as pessoas como você gostaria de ser tratado”.

É uma pena vermos pessoas com discursos tão cativantes indo na contra mão de suas próprias palavras, E, o pior, é que vivem cercados de pessoas interesseiras. Pessoas que muitas vezes ficam do lado somente enquanto dura o poder e seu retorno financeiro, abandonando o barco ao primeiro sinal de naufrágio e pulando para o outro lado logo que o poder começa a diminuir.  São os amigos do poder, os verdadeiros amigos da onça...(Esse tipo de amigo coloca em descrédito qualquer político) Na maioria dos casos, são os amigos do poder os instrumentos usados para a pratica da perseguição política e assedio moral, dentro e fora do setor publico. São os comumente chamados “Capangas do poder”, utilizados para causar o terror em quem se posiciona contrario aos atos dos poderosos.

Outra questão muito presente no nosso município é que muitas vezes os chefes são indicados em decorrência dos seus laços de amizade ou de relações políticas com o detentor do poder, e não por sua qualificação para o desempenho da função. “Despreparado para o exercício da chefia, mas ancorado nas relações que garantiram a sua indicação, o chefe pode se tornar extremamente arbitrário, perseguidor e injusto”.


É impressionante como o dinheiro e o poder interferem no comportamento de certas pessoas, transformando-as em seres perseguidores, usam de autoritarismo, ironia. Contudo, diante de situações adversas é imprescindível manter a fé de que dias melhores virão. E além da fé e da positividade de vermos a nossa terra em boas mãos, temos também que conhecer a lei que nos protege de pessoas mal intencionadas.

O DIREITO DO TRABALHO PODERÁ SER CRIMINALIZADO.



Por Marcos Alencar 31/01/2017
Não é novidade a minha posição contrária as prisões da operação lava-jato e adjacências, porque apesar de não conhecer os autos profundamente, tive acesso as decisões que determinaram as prisões e confesso que não vi em nenhuma delas fundamento legal para prender alguém de forma definitiva antes dele se defender e ser julgado, também em definitivo.

Se os presos são culpados e se moralmente merecem todo o dissabor do cárcere? Não tenho dúvida que sim, porém, não estamos aqui tratando de “justiça com as próprias mãos”, mas sim de aplicação de princípios como o contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal (art. 5, II, LV, 37 caput, da CF), da presunção de inocência, enfim. Por entender que estes princípios foram e estão sendo violados, é que critico as prisões, inclusive a mais recente do Sr. Eike Batista.

Na medida em que a Justiça trilha caminhos à margem da lei, ela Justiça passa a ser também fora da lei. Eu tenho esta convicção e ela apenas existe porque eu defendo a legalidade. Para os que me acusam de pronunciar-me com um pano de fundo político, ressalto que da mesma forma que vejo do magnata Trump como um fora da lei, pois atropela a Constituição americana, vejo também o Partido dos Trabalhadores agindo fora da legalidade, o ex-presidente Lula se envolvendo em compras escusas, etc.

A sociedade deve cobrar, a quem quer que seja, o cumprimento aos estritos limites da Lei. Nenhum Magistrado ou agente da Polícia Federal, por mais respaldado que esteja, pode estar acima da Lei.

A Lei subordina a todos, não cabendo aqui agir em desacordo com os limites legais sob a justificativa de que está se moralizando o País. Fazer isso já é imoral, pois desmoraliza a legalidade.

Feito este ensaio, mais uma vez nos deparamos com a tentativa de criminalização do direito do trabalho.
Surge no horizonte “O projeto da Senadora Ana Rita (PT) altera o Código Penal para dispor sobre o crime de Retenção indevida de salário, tipificado como reter ou descontar, indevidamente, no todo ou em parte, salário, remuneração ou qualquer outra retribuição devida ao empregado, com pena de detenção, de um a quatro anos, e multa.” (trecho extraído do noticiastrabalhistas.com).

A alteração a ser feita, preconiza o seguinte:
Art. 1º O Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal –, passa a viger acrescido do seguinte art. 203-A:
“Retenção indevida de salário
Art. 203-A. Reter ou descontar, indevidamente, no todo ou em parte, salário, remuneração ou qualquer outra retribuição devida ao empregado:
Pena – detenção, de um a quatro anos, e multa.”
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.
**
Entendo que caberia a alteração legal, se vivêssemos num País que o Poder Judiciário cumprisse cegamente a Lei, o que não é o caso.

Os exemplo antes citados, são a prova de que a legalidade e as garantias constitucionais são “flex” do ponto de vista da aplicação e que a interpretação de rigorosas normas são – algumas vezes – no “princípio do jeitinho brasileiro”.

O mesmo argumento que se usa para negar a aprovação da pena de morte, de que muitos inocentes seriam executados, por erro da Justiça, eu me baseio para me contrapor a criminalização do direito do trabalho.

A rotina do mercado de trabalho demonstra que na maioria das vezes que o salário não é pago, é por quebra da empresa ou severa dificuldade financeira.

Não conheço histórico processual na Justiça do Trabalho de empregadores que deixar de pagar o salário por perseguição ou maldade contra a pessoa do empregado.
Porém, como disse, sou legalista e se o Congresso resolver aprovar, paciência, terão todos que cumprir.

Fica o registro para fins de reflexão.