terça-feira, 12 de maio de 2020

CORONAVÍRUS: PERIÓDICO DE 1918 REVELA SEMELHANÇAS ENTRE AS RECOMENDAÇÕES CONTRA A GRIPE ESPANHOLA


Policiais com máscara - Getty Images
A atual crise de proliferação do coronavírus no mundo não foi a primeira e nem a pior pandemia que o mundo já vivenciou. Um dos episódios mais caóticos foi a Gripe Espanhola, uma influenza viral que tomou o globo em 1918, sendo responsável pela morte de 100 milhões de pessoas, completando 5% da população.

Porém, assim como nos atuais, foram divulgadas dicas de proteção contra a doença na contenção da pandemia, em que médicos e sanitaristas eram consultados na medida em que o quadro se agravava. No Brasil, não foi diferente: recomendações eram divulgadas em grandes mídias na tentativa de educar a população.
Cães e gatos usavam máscaras durante a gripe espanhola
Um dos exemplos dessa prática foi a Revista O Malho (acessível em PDF por esse link), edição de número 841, de 1918, apresentou “conselhos para evitar o ataque da gripe ou influenza”, que eram, praticamente, muito próximos ao que hoje se recomenda contra o coronavírus. 

“EVITAR o uso e, com maior razão, o abuso de bebidas alcoólicas."
"LAVAR a boca e gargarejar com uma solução de sal de cozinha, na seguinte proporção: uma colher de sopa para um litro de água fervida."
"FAZER diariamente uso de uma solução de essência de canela, conforme as seguintes doses: ima colherinha das de café em meio copo de água açucarada de duas em duas horas, até desaparecer a febre, Depois tomar uma colherinha em meio copo de água três vezes ao dia."
"EVITAR aglomerações, principalmente à noite."
"NÃO fazer visitas".
"TOMAR cuidados higiênicos com o nariz e a garganta: inalações de vaselina mentolada com água iodada, com ácido cítrico, tanino e infusões contendo tanino, cmo folas de goiabeira ou outras".
"TOMAR, como preventivo, internamente qualquer sal de quinino [...]".
"EVITAR toda a fadiga ou excessos físicos".
“O DOENTE, aos primeiros sintomas, deve ir para a cama, pois o repouso auxilia a cura e afasta as complicações e contagio. Não deve receber, absolutamente, nenhuma visita".
"EVITAR as causas de resfriamento, é de necessidade tanto para os sãos, como para os doente e os convalescentes".
"AS PESSOAS IDOSAS devem aplicar-se com mais rigor todos esses cuidados”.

O texto é seguido de um pronunciamento do Cardeal Arcoverde com um apelo pelo seguimento das recomendações médicas e a confiança da população nos profissionais da saúde.
Página reproduzida / Crédito: Domínio Público
Além das receitas de produtos e remédios caseiros, as soluções de práticas cotidianas são muito próximas das atuais. A forte advertência contra aglomerações, os pedidos de reclusão e o destaque para a proteção dos idosos são tão próximos aos apelos da atual pandemia que chegam a coincidir.

Esse fato é decorrente da semelhança entre os dois agentes patológicos: ambos vírus, eles agem de formas parecidas. O coronavírus (gênero de vírus) causador da atual pandemia de COVID-19 é, especificamente, o SARS-CoV-2, gerador de uma crise respiratória aguda grave, enquanto a Gripe Espanhola foi causada por uma influenza de uma estirpe do vírus H1N1. Ambos se reproduzem rapidamente, com alta taxa de mutação, e são disseminados por fluidos das mucosas, como cuspe e remela, ou seja, são transmissíveis pela respiração.

É importante compreender que as recomendações médicas são de suma relevância na contenção de uma pandemia como a do COVID, e elas serão a base para que a disseminação dessa doença não chegue aos níveis alarmantes que chegaram a influenza de 1918. A tragédia pode ser evitada com a confiança nos profissionais, na academia e na ciência.

Peste bubônica, Tifo, Influenza A, Gripe Aviária, Cólera, H2N2... muitas foram as pandemias mundiais que foram geradas não apenas por agentes biológicos, mas principalmente pelo descaso (somado à ignorância e à falta de preocupação) que tem origem social. Longe de ser culpa unicamente da fonte originária das patologias (Infuenza na Espanha e Coronavírus na China), é necessário um esforço global em nome da saúde pública e da responsabilidade governamental.
*(OUL/HA)

sexta-feira, 1 de maio de 2020

Reflexões em tempo de quarentena 3

Imagem ilustrativa

Divagando sobre o Apocalipse em época de corona…

Eu sempre fui pré tribulacionista (aqueles que acreditam que a volta de Cristo acontecerá antes das “dores” finais), fã da saga Deixados para trás, ou talvez eu torcia pra ser. Hoje eu estou mais pra midi tribulacionista (que acredita que os crentes sofrerão tb um tempo antes da volta de Cristo e depois “os dias seriam abreviados senão ninguém suportaria”).

Suponhamos que este seja o começo “das dores” (o que não dá pra saber é claro, pois já houveram períodos com pandemias, guerra, etc assim ou até piores na história), e que comece a surgir a figura de um líder mundial. Os crentes atentos começarão a confirmar os sinais descritos na Bíblia e penso que e daí sim que vão se mobilizar com mais vigor para que o evangelho chegue nos confins da terra, chegando então a tão aguardada volta de Cristo.

O fato é que enquanto a gente acha que a volta de Cristo está longe de nossa geração, que tudo está bem, a gente entra num estado de conforto, e tenho a impressão que é preciso um empurrãozinho de Deus, pra que a gente acorde e se mobilize, que se lembre que Ele vai voltar (seja agora ou daqui ha muitos anos ainda). Parece que de tempos em tempos precisamos desse despertar. E o fato é que uma hora, em um desses momentos será realmente o começo da tribulação. Será agora? Não, sei, ninguém sabe. O que sei é que tenho que estar preparada pois Ele virá!
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* Uma observação: Deus não manda esse tipo de catástrofe pra que as pessoas se voltem pra Ele, Ele não é malvado e sádico. Essas catástrofes são nada mais nada menos que consequências do pecado e dos atos humanos, mas sim, Ele permite essas situações, pois tem seus propósitos.
(A inconformada)


Reflexões em tempo de quarentena 2


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Não tem como não ficar nostálgico nesta época que estamos vivendo.

Eu fico pensando, será que vou perder alguém querido, será que eu serei uma das vítimas dessa Pandemia?

Bom fato é que se for a minha hora o meu sentimento é de gratidão, porque Deus me deu muito mais do que eu merecia, pensava ou imaginava. Realizou os meus maiores sonhos e eu não podia ter sido mais feliz, com a família que ele me deu, amigos, sustento, lazer e claro, perdão dos meus pecados e salvação em Jesus Cristo. Mas além deste sentimento me vem um sentimento ruim: eu não fiz tudo que devia ter feito pra anunciar a Salvação de Jesus Cristo, não tem como não ter esse sentimento. Mas o negócio é que eu não sei se vou morrer, se eu sobreviver espero sair mais da minha zona de conforto e fazer mais pelo Reino, sabendo que Ele em breve vem! E se eu morrer… Peço perdão a Deus por todo o meu egoísmo, por toda a minha preguiça e os meus julgamentos que me fizeram simplesmente paralisar.
(A inconformada)



Reflexões em tempo de quarentena 1

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Nós os crentes pedimos a volta de Jesus, e isso será maravilhoso mesmo. Mas a gente sabe o que antecederá a volta de Cristo.

Este pode não ser o Apocalipse (embora tá parecendo o começo dele), mas nos deixa pensativos: estamos preparados pra volta de Cristo? Estamos preparados pra aceitar o mal e não somente o bem? Estamos preparados pra ter que fugir pras montanhas, deixar nosso conforto, não negar a Jesus? Acho que a maioria de nós não está. Que Deus tenha misericórdia de nós e abrevie a Sua vinda.
(A inconformada)