terça-feira, 14 de março de 2017

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO PUBLICA MUNICIPAL



A Gestão Pública Municipal tem inúmeros desafios a serem superados para poder levar a população serviços de qualidade, o Gestor Público ao compor sua equipe, precisa avaliar competência técnica, responsabilidade e o nível de conhecimento que sua equipe possui sobre os principais problemas locais para atender as necessidades sociais da forma mais correta possível.
A Gestão Pública Municipal eficiente baseia-se em princípios modernos, em prol da qualidade de vida da sociedade, e um dos princípios da Nova gestão Pública, ou Gestão Publica Gerencial é a aplicação do Planejamento Estratégico e sua importância na composição do quadro de colaboradores.
O Capital Humano, como é chamado o quadro de funcionários nesse novo modelo de gestão, busca a valorização das qualidades e competências individuais, por isso é chamado de capital, porque tem valor e dele depende o bom andamento de toda gestão, a gestão pública é executada por pessoas para o beneficio de pessoas (sociedade).

Para cumprir bem sua função, a administração pública – órgãos e entidades – deve possuir, além dos recursos adequados, o capital humano necessário de modo a atuar com eficiência, eficácia e efetividade, trazendo para a administração pública significativa melhoria de seu desempenho.

A sociedade, por sua vez, exige moralidade, profissionalismo e excelência por parte dos funcionários públicos, bem como por melhor qualidade de vida e redução das desigualdades sociais. O cidadão vem deixando, gradualmente, de ser sujeito passivo e passa a exigir, em níveis progressivos, melhores serviços, respeito à cidadania e mais transparência, honestidade, economicidade e efetividade no uso dos recursos públicos.

Levando em consideração as exigências citadas, a busca pelo aperfeiçoamento e pela profissionalização da administração pública assume papel fundamental para cumprir com os anseios da sociedade.

A nova administração pública tem como foco o atendimento das necessidades do cidadão. Para tanto, são empregados diversas ferramentas gerenciais, entre elas a mudança na postura estratégica das organizações públicas, não há mais lugar para o improviso, a gestão pública exige pessoal qualificado e disposto ao desenvolvimento de um trabalho de excelência, e é ai que entra o conceito de planejamento na gestão de um município.


OS TRÊS NÍVEIS DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL NO SETOR PÚBLICO: ESTRATÉGICO, TÁTICO E OPERACIONAL.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

O planejamento estratégico é o começo de tudo, é a visão do futuro na organização da estrutura de trabalho, e designar corretamente cada colaborador exige um profundo conhecimento do capital humano disponível. As decisões tomadas no planejamento estratégico são de estrema responsabilidade e vão definir o sucesso ou o fracasso de uma gestão. Esse papel é único e exclusivo do Prefeito(a), ele(a) é a liderança na composição do planejamento tático (secretários e diretores).

PLANEJAMENTO TÁTICO
Enquanto o planejamento estratégico define os rumos de toda a organização, o planejamento tático tem um envolvimento mais limitado, a nível departamental. O planejamento tático é o responsável por criar as condições para que as ações estabelecidas no planejamento estratégico sejam atingidas.
Por se tratar de um planejamento mais específico, as decisões podem ser tomadas por pessoas que ocupam os cargos de diretoria ou gerencia, e podemos dizer que o planejamento tático é a execução do planejamento estratégico, ele traduz e interpreta o plano estratégico para transformá-lo em planos concretos.
Podemos dizer que dentro da organização publica municipal esse papel cabe aos secretários ou diretores.

PLANEJAMENTO OPERACIONAL
O planejamento operacional é responsável pela execução das ações e metas traçadas pelo nível tático para atingir os objetivos das decisões estratégicas. Neste planejamento os envolvidos são aqueles que executam as ações definidas pelo planejamento.
Aqui, todos os níveis da organização estão envolvidos e cuidam do acompanhamento da rotina, garantindo que todas as tarefas e operações sejam executadas com excelência, de acordo com os procedimentos estabelecidos, preocupando-se em alcançar os resultados específicos.

No nível operacional estão todos os funcionários, em todos os departamentos da administração pública.

PRINCIPAL ERRO NA COMPOSIÇÃO DOS DIVERSOS NÍVEIS DE GESTÃO:  Designar as pessoas certas para as funções erradas.

Lembrando sempre que o funcionário publico, seja ele concursado ou comissionado, dos níveis estratégico, tático ou operacional, é antes de mais nada, um funcionário do povo. E como tal, faz parte de uma grande engrenagem, todas as peças trabalhando juntas para o bem comum.
 
“Nossos objetivos somente podem ser alcançados através de um veículo de planejamento no qual acreditamos fervorosamente, e com o qual devemos vigorosamente atuar. Não existe nenhum outro caminho para o sucesso”. - Pablo Picasso

Pesquisa:
http://www.blogdaqualidade.com.br/a-diferenca-entre-o-planejamento-estrategico-tatico-e-operacional/
http://portal3.tcu.gov.br/portal/pls/portal/docs/2507576.PDF

EDUCAÇÃO VEM DE CASA



Educação tem de vir do berço e cabe a família responsabilizar-se por isso ! Se cada família praticasse esta máxima: Educar os filhos dentro de princípios morais e boas maneiras, com certeza não teríamos Professores frustrados e exauridos devido a falta de educação de muitas crianças e jovens.

Todos os dias em milhares de salas de aula espalhadas pelo Brasil e pelo mundo, crianças e jovens chegam ao ápice da malcriação destilando todo tipo de impropérios nas dependências da Escola e fora dela,  comunicando-se uns com os outros  aos berros de forma rude e irônica, tratando mal os colegas, Professores e demais Funcionários da Escola.

O ano começa, e é preciso deixar claro, para a Família e para o Aluno,  que o Professor não vai tolerar este tipo de comportamento. Mas para posicionar-se frente a esta questão, é preciso que o Professor saiba exatamente o que deve ser cobrado da Família e do Aluno no que refere-se a educação familiar e boas maneiras de convivência em grupo.

Tanto nas séries iniciais quanto nas Finais tratar de questões relacionadas a boas maneiras é um assunto delicado, pois perpassa na negligência do adulto, que neste caso é o Pai e a Mãe, que se omitem em ensinar o básico aos seus filhos, pois acreditam piamente que  cabe ao Professor dar esta educação também.

Ninguém quer um vizinho mal educado, ninguém contrata ou mantém um funcionário  ignorante no trato das pessoas, uma mulher não deseja casar-se com um homem rude e desprovido de tato e educação. Um Professor também não quer uma criança ou jovem desrespeitoso, mal educado e mentiroso como aluno.

É de conhecimento de todos os  Professores que devido ao fato da criança ou jovem chegar na Escola sem o mínimo de educação familiar, ocorrem uma série de problemas que desencadeiam a indisciplina e tumultuam o andamento das atividades na sala de aula, e que por esta razão, muitas vezes, inviabiliza que o aprendizado ocorra de maneira satisfatória.

Sob este ponto de vista seria apropriado dizer que, neste caso, os Pais são responsáveis pela  indisciplina e falta de educação dos filhos e portanto, devem ser responsabilizados por isso.

Reflita comigo, se as crianças e jovens chegassem com mínimo de educação trazida de casa, dada pelos Pais, boa parte dos problemas de indisciplina dentro da sala de aula estariam resolvidos. Esse mínimo de educação envolveria que o aluno soubesse seis questões básicas:

6 Princípios Básicos de Boas Maneiras que todos devem trazer do Lar:

1) Peça “Por Favor” , diga “Obrigado”, “Com licença “ e mantenha  sempre o controle emocional

2) Fale educadamente, sem usar gírias, palavrões, ou expressões de baixo calão

3) Trate com respeito todos a sua volta e jamais fale de alguém pelas costas

4) Jamais use de intimidação verbal ou física para conseguir o que deseja

5) Seja íntegro: sustente o que você diz e faz e enfrente sempre as conseqüências dos seus erros

6) Jamais use de mentiras, enganação e falsas acusações

Como acionar os Pais:

Todos os anos é quase impossível fazer com que, justamente os Pais dos alunos que mais dão problema, compareçam na Escola, porém aqui vão algumas sugestões para você já implementar no início do ano.

1)     Crie um novo Cartaz com esses 6 itens e acrescente  outros mais que você julgar necessários e que melhor se ajustem a sua situação e necessidade

2)     Afixe o Cartaz criado na sua sala de aula e  nos corredores

3)     Para a primeira Reunião de Pais prepare:

. Cartaz para ser entregue aos Pais

. Termo de Responsabilidade  do Comportamento e Disciplina do filho, pode ser usado como sugestão,o seguinte cabeçalho extraído do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente):

“ART. 4° – É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.  (ECA)

Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável (no caso de negligência com relação a criança e ao adolescente):

I – encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família;

II – inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;

III – encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;

IV – encaminhamento a cursos ou programas de orientação;

V – obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua freqüência e    aproveitamento escolar;

VI – obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado;

VII – advertência;

VIII – perda da guarda;

IX – destituição da tutela;

X – suspensão ou destituição do pátrio poder

No Termo de Responsabilidade coloque também o nome de todos os alunos e ao lado deixe uma linha em branco, assim, após conversar com todos os Pais, eles devem assinar o Termo, dando ciência do que foi exposto.

4) Diálogo Amistoso: Na Reunião é preciso que seja debatido e esclarecido que cabe aos pais criar, educar e assistir seus filhos pois o cumprimento desses deveres leva a um desenvolvimento emocional, psicológico e social sadios dos filhos por meio da paternidade responsável.

É dever dos pais transmitir valores éticos e morais a seus filhos, através de ensinamentos e exemplos de vida, de forma a contribuir de maneira positiva no seu desenvolvimento e na formação de seu caráter e caso isso não esteja sendo feito devidamente, é preciso que eles saibam que serão responsabilizados civilmente.

5. Conselho Tutelar: Nesta reunião o Conselho Tutelar pode ser convidado debater em maior profundidade as responsabilidades das famílias em relação aos filhos. O Conselho Tutelar também deverá ser acionado caso a Escola constate negligência, por parte da família, em relação a educação dos filhos.

Diz o ditado popular ” Educação é bom e eu gosto” , complemento dizendo que  todos os Professores  também gostam, e agradecem !

Comente, compartilhe sua experiência no nosso blog.
(SOS Professor)

INDISCIPLINA – ERRO NO. 2: BATER BOCA COM O ALUNO



Quer você seja um Professor recém formado ou veterano, tenho certeza que já vivenciou, alguma, ou várias situações envolvendo ” bate boca” com aluno. Provavelmente você ficou estressada, perdeu tempo, atrasou o planejamento , desentendeu-se com os Pais do aluno, levou bronca da Coordenação, desgastou-se e…. não chegou a lugar nenhum.
 
Na verdade, essas situações potencializam a indisciplina já existente na sala de aula, pois drena todas as forças, motivação, interesse e paciência do Professor.

Mas, para compreendermos como lidar com situações de “bate boca” é preciso conhecermos como elas se desenrolam e o que as desencadeia, para que possamos definitivamente combatê-las e extirpa-las.

O que é o “bate-boca” ?:

Coloquialmente denominamos de “bate boca” toda discussão verbal, que ocorre de forma acalorada com a troca de palavras ásperas, e no final das contas não se resolve nada, portanto mostram-se inúteis. Quando discussões deste tipo ocorrem na sala de aula servem para tumultuar e deixar todos de ânimos exaltados.

Tipos de bate boca:
 
Existem três grandes gatilhos que prenunciam que um “bate boca” vai começar, são eles:

1)Fazer perguntas redundantes:
 
Átila, porque você está conversando? Já não falei que é para fazer a lição ? 

“Parece familiar ? Pois é, eu também já fiz perguntas desse tipo. Quando fazemos perguntas redundantes é como se, implicitamente, disséssemos aos nossos alunos :

“ Átila, farei uma pergunta redundante para que você possa distorcê-la e manipular-me e quem sabe até ficar com o controle da situação, talvez a sala inteira até divirta-se às minhas custas se você complementar com alguma gracinha no final 

“ao fazer uma pergunta redundante, que tipo de resposta você acha que obterá do aluno ?

“ Sabe “Pro”, converso porque eu não estou a fim de assistir sua aula, então prefiro “papear” com os meus colegas ao invés de prestar atenção no que você fala”.

Com certeza não era a resposta que você esperaria receber ! No entanto é a resposta que você obterá na maioria das vezes.

Usar perguntas redundantes, achando que estará disciplinando efetivamente, é uma ilusão, e o que é pior, você abrirá uma brecha para ser manipulada e tornar-se o alvo das chacotas por parte dos alunos.

2)Argumentar com aluno

Professor: “ Atila, já falei que você não pode sair da sala ”

Átila: “ mas por quê não ? “

Professor: “ Porque você tem de esperar o horário do intervalo”

Átila: “ porque então você deixou o Ivan sair ? “

Professor: “ Porque o caso dele é diferente “

Átila: “ diferente por quê? Eu também preciso ir .

Qualquer situação onde o Professor entra em uma argumentação sem fim, inevitavelmente, acabará em “bate boca”. Não demorará muito para ambos os lados estarem exaltados, com voz alterada e trocando ofensas.

3)Pedir justificativas

Quando o Professor exige que o aluno justifique o injustificável, está pedindo para ouvir o que não quer.
 
Professor: “ Atila, porque você colou chiclete no cabelo da colega ? “

Átila: “ Porque ela é uma chata”

Professor: “ Ivan, porque você colou na prova ? “

Ivan: “ Não era cola, foi só um lembrete caso eu esquecesse das respostas”

Professor: “ Porque você estava brincando na aula de Matemática ? “

Ivan: “ Eu não estava brincando, estava explicando para meu amigo  um novo passo de dança“.
 
Situações que provocam o aparecimento do “bate boca”:

Como já foi dito anteriormente, algumas situações de indisciplina são potencializadas pela nossa postura, no entanto outros fatores também contribuem para o aparecimento do “bate boca” dentro da sala de aula entre aluno e Professor, tais como:

    – aluno chega irritado de casa ou da rua

    – aluno que ouve os Pais depreciarem o trabalho do Professor

    – Professor que já está esgotado de dar várias aulas seguidas

    – quando a turma ignora o Professor

    – quando o trabalho do Professor é depreciado pela Direção/Coordenação

    – quando o Professor demonstra-se inseguro ao entrar na sala de aula

    – quando o Professor é permissivo ou quando é autoritário

    – quando o aluno sabe que os Pais virão à Escola para reclamar do Professor com a Direção

 Como agir :
 
Por muito tempo eu ficava aflita e apreensiva, pois essas situações me angustiavam. Com o passar do tempo e depois de muito tropeçar e cair cheguei a constatação que lidar com tudo isso requeria um conjunto de medidas que não estavam em minhas mãos, e sim nas mãos do Gestor, e até do Poder Público.
 
Seria ótimo se na minha Escola eu pudesse contar com:

– Um Orientador Educacional

– Um Programa de Saúde/Qualidade de Vida para Professores

– Um salário digno que possibilitasse que eu permanecesse em dedicação exclusiva em apenas uma Escola

– Que a minha Escola tivesse implantado uma Escola de Pais, onde as Famílias aprenderiam mais sobre educar os filhos e seriam cobradas por isso.

– Que os Gestores tivessem mais preparo técnico quanto a gestão administrativa e pedagógica da Escola
 
Mas, como boa parte destas medidas, infelizmente, ainda é uma utopia, até mesmo para os dias de hoje, resolvi investir em medidas em que EU pudesse controlar e implantar.

Assim, além de evitar tudo o que foi exposto acima, passei a dar ao aluno a DIREÇÃO do que ele deveria fazer.
Ao constatar que o Átila estava conversando, eu não perguntava, não queria mais justificativas, e muito menos entrava em argumentação com o aluno. Simplesmente ele era informado do que deveria fazer.
Professor: “Átila, este não é o momento para conversa. Retome a sua tarefa, pois dentro de X minutos, você e mais 5 colegas realizarão a correção dos exercícios no quadro negro".
 
A minha dica é, diariamente temos de aprender com nossos erros e procurar tirar proveito deles para criar novas ferramentas, estratégias que nos auxiliem a implementar as mudanças em nossa postura, e principalmente revermos e ampliarmos nosso conhecimento técnico sobre gerenciamento da sala de aula, relacionamento interpessoal, resolução de conflito e novas práticas de ensino.
Se essas dicas foram úteis para você, comente no blog.
(SOS Professor)