As campanhas eleitorais são
fundamentais para a democracia e momento de analise da relação entre os
cidadãos e a política. É a hora em que os eleitores avaliam os candidatos e
seus planos de governo para selecionar a opção que consideram melhor à luz de seus
interesses individuais ou coletivos. Nas disputas eleitorais, os candidatos têm
a alternativa de escolher entre dois cursos de ação: enaltecer as suas próprias
qualidades ou ressaltar as características negativas de seus adversários. Toda
disputa será um equilíbrio entre essas duas estratégias, pois cada uma delas
busca resultados distintos.
Com o objetivo de entender as
estratégias de ataque dos candidatos a seus adversários, esse texto fala
basicamente sobre o fenômeno conhecido como campanha negativa, campanha de
ataque e um estudo americano que aponta que “quem bate perde” ou seja o “efeito
bumerangue”
A expressão efeito bumerangue" se
tornou uma espécie de mantra do marketing político, ao considerar que a
campanha negativa prejudica o candidato que ataca.
Uma das máximas do marketing
político brasileiro, citado por muitos especialistas na área é de que “quem
bate perde a eleição”. Essa idéia, atribuída ao marqueteiro Duda Mendonça ,
representa na literatura academia o conceito do “efeito bumerangue”, onde o
ataque pode se voltar contra seu autor e ao invés de tirar votos do adversário
acaba tirando votos do candidato que ataca, porque demonstra falta de
comprometimento com a ética e falta de respeito aos seus adversários, numa
clara apelação para o vale tudo do jogo do poder.
"Propaganda negativa é
qualquer crítica direcionada por um candidato ou apoiadores aos seus
adversários". Essa definição inclui, necessariamente, a personalidade do
candidato, suas crenças políticas, seu histórico como político e governante, o
partido ao qual é filiado, seus associados, familiares e amigos, grupos de
apoio e equipe de governo.
Assim sendo, o principal
aspecto do Efeito bumerangue é apontar que o candidato utiliza seu tempo com o
intuito de destacar os aspectos negativos do seu oponente, ao invés de cuidar
da valorização dos seus próprios atributos políticos ou pessoais, isso quando
não usa de apoiadores de campanha para executar o serviço sujo, o que deixa
ainda mais claro suas intenções escusas.
As evidências, portanto,
apontam para a confirmação da hipótese de que quem opta pela dita “campanha
suja” ou “campanha do ataque” estão em larga desvantagem em relação aos seus
atacados, a análise de quem sofre os ataques demonstra que os líderes nas
pesquisas são os alvos prediletos dos adversários
Os líderes são as vítimas
preferidas dos segundos colocados nas pesquisas de intenção de voto, bem como
seus apoiadores, e peças chave na condução da campanha também podem sofrer
ataques pessoais, no intuito dos que se encontram em desvantagem de
desestabilizarem as estruturas da campanha eleitoral.
Do mesmo modo, 98% da
propaganda negativa feita pelos adversários tem como objetivo afetar a imagem
do primeiro colocado:
Finalmente, vimos que a
literatura especializada considera como indicador de "boa campanha"
as disputas que debatem questões políticas e não os atributos pessoais dos
candidatos (Kaid e Johnston, 2002; Geer, 2006).
Fonte de pesquisa: Impacto da
Propaganda negativa nas eleições brasileiras -
Felipe Borba, via etceteraomnia