Basta abrir a tela de um
celular que é possível encontrar um governante fazendo uma enquete ou voltando atrás
de uma decisão tomada em virtude da pressão das redes sociais. Elas tanto
impulsionam imagens de forma positiva, quanto fazem verdadeiros estragos em
personalidades públicas quando usadas de forma negativa.
Maquiável foi um importante
consultor de “marketing político” no período das monarquias absolutistas,
embora pareça insignificante o uso da imagem naquela época, uma vez que os reis
se mantinham no poder pela força de seus exércitos e religião que moldavam o
comportamento das sociedades, ele sabia da importância do governante manter o
apoio popular.
Um povo forte e organizado é
sempre uma ameaça para qualquer regime, seja no mundo real ou virtual.
Embora as redes sociais sejam
um fenômeno relativamente novo é inegável a mudança de comportamento das
sociedades a partir de sua utilização. Comportamentos que considerávamos
inadequados, tornaram-se aceitáveis do dia para noite nas redes sociais.
No campo político, a mais
recente eleição presidencial no Brasil, teve toda uma estrutura organizacional
mudada em virtude do uso das redes, tanto na difusão das boas como das más
notícias, as chamadas “Fake News” que circularam com força total no pleito
passado e que ainda permanecem vivas neste ano eleitoral.
Ilustres desconhecidos do mundo
real foram arrastados pela avalanche das redes sociais e conduzidos ao poder
pela força das urnas, desempregando velhos conceitos infalíveis de cientistas
políticos.
Na era das informações em tempo
real, a sociedade civil ganha mais espaço no mundo político e torna-se
protagonista dos seus desejos e aspirações.
De Maquiavel às redes sociais,
muita coisa mudou, embora estejamos tão perto, continuamos cada vez mais longe
e a melhor forma de identificar as pessoas, ainda são aquelas mais primitivas,
olhando olho no olho, muito embora, o mundo virtual seja um caminho sem volta.
*Ceará Noticias