quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Como é que um pobre pode votar em alguém como Jair Bolsonaro?


Por Renan Alves da Cruz

A pergunta intriga muitos intelectuais e opinadores profissionais da mídia brasileira: como um pobre, um favelado, pode contrariar as diretrizes da autoproclamada elite intelectual brasileira e declarar voto em alguém como Jair Bolsonaro?

É claro que se eles saíssem da bolha acadêmica e encarassem o mundo real, a resposta seria fácil de se compreender.

Entretanto, se cumprissem tais requisitos não seriam quem são: playboyzinhos bem nascidos tentando purgar o pecado de terem uma boa vida do qual nunca abriram mão (e nem abrirão), fingindo se preocupar com os pobres, quando na verdade os querem debaixo de seu cabresto ideológico.

Lançam seu olhar e julgamento pejorativo a qualquer um que declare simpatia a Bolsonaro, mas não tentam entender os motivos reais desta aprovação e identificação do eleitorado pobre com o candidato.

Pois sim, é muito fácil entender porque tantos pobres, favelados e moradores de periferia apoiam Jair Bolsonaro.

Diferente do que os sociólogos de butique pensam, o povo não foi criado e programado para pensar por cientistas sociais da USP. O povo é trabalhador, e tem como meta construir algo na vida, empreender, ter a possibilidade de melhorar sua situação mediante os próprios esforços.

Os pobres que votam em Bolsonaro são aqueles que têm orgulho do que conquistam, não importa quão difícil tenha sido, não importa que pago em muitas parcelas suadas. É adquirido pelo suor do seu trabalho honesto.

É o povo que muitas vezes batalhou para comprar um celular em 12 parcelas e o “perdeu” para um menor de 17 aninhos de idade, que os ideólogos cretinos chamam de “vítima da sociedade de consumo”.

Tente explicar para este trabalhador que acorda cinco e meia da manhã todo dia, porque mora longe do centro, que ele tem que defender o bandido que tomou dele a dura conquista!

Tente explicar que ele precisa acordar mais cedo para trabalhar porque o trânsito piorou, já que foram construídas ciclovias em regiões cruciais para escoamento do trânsito na cidade. E que as ciclovias servem para masturbação intelectual da elite esquerdista, que pode se deslocar nelas porque moram há 1 km dos lugares que frequentam, e não para o uso de quem mora a 25km de distância do centro, 50 km ida e volta, e que se se meter a percorrer tal distância diariamente, vai enfartar no caminho.

O povo honesto das periferias brasileiras vê a atuação do tráfico em suas esquinas, muitas vezes na própria porta de suas casas, e teme o envolvimento de seus filhos. Já viram centenas de outros perecerem, ou viciados, ou trabalhando para o tráfico em troca de promessas fáceis. Viram muitos que se viciaram e morreram no crime, tentando roubar para sustentar o vício.

Esse é o povo que declara voto em Jair Bolsonaro. Que quer uma polícia valorizada, equipada, capaz de reprimir os atos hediondos que acontecem à luz do dia perto de suas casas. Querem a polícia sentando o cacete no traficante folgado que se posta no caminho para a escola de seu filho, de nariz empinado, como se fosse dono do bairro.

A elite intelectual não aceita, não suporta, não concorda. Ofendem negros que apoiam Bolsonaro, em seu racismo permitido, o racismo do bem. Ficam possessos quando percebem que não foram capazes de ludibriar todos com suas meias verdades e discursos editados.

O negro pobre que vota em Bolsonaro não quer ser vitimizado. Não quer um bando de riquinhos de bairro chique, que amam a pobreza porque não vivem nela, falando em seu nome. Quer trabalho, dignidade e respeito. Não mediante esmola estatal, mas por seus méritos.

O povo da periferia que escolheu Bolsonaro é aquele que sabe que combater privilégios de determinados grupos orientados por militantes profissionais, que usam a ideologia como fonte de renda, mamando dinheiro público pretensamente destinado às causas que defendem, não é homofobia.

E que o preconceito real é o que segrega. Que diz que pessoas, por sua cor de pele ou opção sexual, merecem privilégios, leis e proteções especiais.

O pobre que vota em Bolsonaro entendeu que tais grupos não querem igualdade. Querem privilégios. Entendeu que as leis existentes já combatem a homofobia e o racismo. E que o fortalecimento do nosso sistema de segurança, algo recorrentemente defendido por Bolsonaro, beneficiará a todos.

O pobre que vota em Jair Bolsonaro é aquele que é contra o estatuto do desarmamento, pois lutou arduamente pelo que possui, e não converge com a ideia de que um vagabundo possa entrar em sua casa armado para levar o que quiser,  estuprar sua filha e sua mulher, e ele não tenha como se defender.

É quem entende que o ambiente do seu lar é sagrado, e que se vagabundo entrar, tem que sair com o bucho cheio de balas, no rabecão. E que o cidadão de bem, que se defendeu, tem que ser amparado pela legítima defesa.

Por fim, o brasileiro pobre que apoia Jair Bolsonaro é aquele que cansou de ver ONG de direitos humanos amparando bandidos, enquanto ele, que trabalha de Sol a Sol, nunca viu um corno desses na frente perguntando do que ele precisa.

Quem defende Bolsonaro é quem é honesto e cansou de ver o mocinho se ferrar e o bandido se dar bem.

Os pensadorezinhos nunca entenderão… Continuarão com seus debates, fóruns e imutáveis asserções.

Afinal, só gostam dos pobres quando eles lhes obedecem.
Fonte: voltemos a direita





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