Por Renan Alves da
Cruz
A pergunta intriga muitos
intelectuais e opinadores profissionais da mídia brasileira: como um pobre, um
favelado, pode contrariar as diretrizes da autoproclamada elite intelectual
brasileira e declarar voto em alguém como Jair Bolsonaro?
É claro que se eles saíssem da
bolha acadêmica e encarassem o mundo real, a resposta seria fácil de se
compreender.
Entretanto, se cumprissem tais
requisitos não seriam quem são: playboyzinhos bem nascidos tentando purgar o
pecado de terem uma boa vida do qual nunca abriram mão (e nem abrirão),
fingindo se preocupar com os pobres, quando na verdade os querem debaixo de seu
cabresto ideológico.
Lançam seu olhar e julgamento
pejorativo a qualquer um que declare simpatia a Bolsonaro, mas não tentam
entender os motivos reais desta aprovação e identificação do eleitorado pobre
com o candidato.
Pois sim, é muito fácil
entender porque tantos pobres, favelados e moradores de periferia apoiam Jair
Bolsonaro.
Diferente do que os sociólogos
de butique pensam, o povo não foi criado e programado para pensar por
cientistas sociais da USP. O povo é trabalhador, e tem como meta construir algo
na vida, empreender, ter a possibilidade de melhorar sua situação mediante os
próprios esforços.
Os pobres que votam em
Bolsonaro são aqueles que têm orgulho do que conquistam, não importa quão
difícil tenha sido, não importa que pago em muitas parcelas suadas. É adquirido
pelo suor do seu trabalho honesto.
É o povo que muitas vezes
batalhou para comprar um celular em 12 parcelas e o “perdeu” para um menor de
17 aninhos de idade, que os ideólogos cretinos chamam de “vítima da sociedade
de consumo”.
Tente explicar para este
trabalhador que acorda cinco e meia da manhã todo dia, porque mora longe do
centro, que ele tem que defender o bandido que tomou dele a dura conquista!
Tente explicar que ele precisa
acordar mais cedo para trabalhar porque o trânsito piorou, já que foram
construídas ciclovias em regiões cruciais para escoamento do trânsito na cidade.
E que as ciclovias servem para masturbação intelectual da elite esquerdista,
que pode se deslocar nelas porque moram há 1 km dos lugares que frequentam, e
não para o uso de quem mora a 25km de distância do centro, 50 km ida e volta, e
que se se meter a percorrer tal distância diariamente, vai enfartar no caminho.
O povo honesto das periferias
brasileiras vê a atuação do tráfico em suas esquinas, muitas vezes na própria
porta de suas casas, e teme o envolvimento de seus filhos. Já viram centenas de
outros perecerem, ou viciados, ou trabalhando para o tráfico em troca de
promessas fáceis. Viram muitos que se viciaram e morreram no crime, tentando
roubar para sustentar o vício.
Esse é o povo que declara voto
em Jair Bolsonaro. Que quer uma polícia valorizada, equipada, capaz de reprimir
os atos hediondos que acontecem à luz do dia perto de suas casas. Querem a
polícia sentando o cacete no traficante folgado que se posta no caminho para a
escola de seu filho, de nariz empinado, como se fosse dono do bairro.
A elite intelectual não aceita,
não suporta, não concorda. Ofendem negros que apoiam Bolsonaro, em seu racismo
permitido, o racismo do bem. Ficam possessos quando percebem que não foram
capazes de ludibriar todos com suas meias verdades e discursos editados.
O negro pobre que vota em
Bolsonaro não quer ser vitimizado. Não quer um bando de riquinhos de bairro
chique, que amam a pobreza porque não vivem nela, falando em seu nome. Quer
trabalho, dignidade e respeito. Não mediante esmola estatal, mas por seus méritos.
O povo da periferia que
escolheu Bolsonaro é aquele que sabe que combater privilégios de determinados
grupos orientados por militantes profissionais, que usam a ideologia como fonte
de renda, mamando dinheiro público pretensamente destinado às causas que
defendem, não é homofobia.
E que o preconceito real é o
que segrega. Que diz que pessoas, por sua cor de pele ou opção sexual, merecem
privilégios, leis e proteções especiais.
O pobre que vota em Bolsonaro
entendeu que tais grupos não querem igualdade. Querem privilégios. Entendeu que
as leis existentes já combatem a homofobia e o racismo. E que o fortalecimento
do nosso sistema de segurança, algo recorrentemente defendido por Bolsonaro,
beneficiará a todos.
O pobre que vota em Jair
Bolsonaro é aquele que é contra o estatuto do desarmamento, pois lutou
arduamente pelo que possui, e não converge com a ideia de que um vagabundo
possa entrar em sua casa armado para levar o que quiser, estuprar sua filha e sua mulher, e ele não
tenha como se defender.
É quem entende que o ambiente
do seu lar é sagrado, e que se vagabundo entrar, tem que sair com o bucho cheio
de balas, no rabecão. E que o cidadão de bem, que se defendeu, tem que ser
amparado pela legítima defesa.
Por fim, o brasileiro pobre que
apoia Jair Bolsonaro é aquele que cansou de ver ONG de direitos humanos
amparando bandidos, enquanto ele, que trabalha de Sol a Sol, nunca viu um corno
desses na frente perguntando do que ele precisa.
Quem defende Bolsonaro é quem é
honesto e cansou de ver o mocinho se ferrar e o bandido se dar bem.
Os pensadorezinhos nunca
entenderão… Continuarão com seus debates, fóruns e imutáveis asserções.
Afinal, só gostam dos pobres
quando eles lhes obedecem.
Fonte: voltemos a direita