Autor de best-sellers infantojuvenis como “A Droga da Obediência” e especialista em letramento e
técnicas de leitura, Pedro Bandeira comparou as profissões de professor e
médico, em palestra na 17ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro. A
uma plateia cheia de fãs e professores, ele sugeriu que os docentes se atentem
às diferenças entre os alunos.
“Cada aluno é diferente do
outro. Você tem que ter a habilidade de cuidar de diferentes”, disse ele, que
comparou: “Quem precisa mais de médico? É quem está mais doente. Quem precisa
mais de você? É o seu pior aluno. O seu bom aluno não precisa de você, ele anda
sozinho. Mas se você não cuida do seu mau aluno, ele vai embora”.
O autor deu dicas a professores
que querem estimular a leitura, afirmando que alunos que têm mais dificuldades
de ler podem ser incentivados, inicialmente, com trechos menores e textos
ritmados. Bandeira criticou os professores que cobram que todos os alunos
comecem por livros do mesmo tamanho e entendam de forma igual.
“Não existe isso. É a mesma
coisa que o médico receitar o mesmo remédio para todos os pacientes”, afirmou
ele, que reforçou a necessidade de cuidar dos alunos com dificuldades de
aprendizado: “Nossa política sempre foi essa, a de excluir. o mau aluno não
interessa, eu expulso da classe. Sempre foi assim. Mas no hospital vou expulsar
quem está pior?”
Outro ponto criticado pelo autor foi a preocupação com as notas. Mais uma vez comparando com o universo da medicina, ele disse que as notas são os exames de laboratório que só interessam ao médico, já que o importante é que o paciente saia curado e que o aluno aprenda.
Outro ponto criticado pelo autor foi a preocupação com as notas. Mais uma vez comparando com o universo da medicina, ele disse que as notas são os exames de laboratório que só interessam ao médico, já que o importante é que o paciente saia curado e que o aluno aprenda.
“A nota não é importante. A
nota é para você, a prova é para você, assim como o exame de laboratório é para
o médico”, disse ele, que ironizou: “Se você for procurar um emprego, não vão
perguntar qual foi foi sua nota de ciências na 3ª série. O que importa é o que
você é hoje”.
Fonte e texto: https://educacao.uol.com.br/