quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

CUIDADO COM QUEM LÊ



Conhecimento sempre foi uma ameaça quando se trata de manter a população obediente e ordeira. Na idade média, tentando frear o avanço do protestantismo, a igreja católica criou o index librorum proibitorum, ou índice de livros proibidos. Aos poucos, a lista foi crescendo e cercando outros tipos diversos de ameaças à fé, só tendo sido extinta em 1948.


No livro O nome da Rosa, de Umberto Eco, tomamos conhecimento de outra prática que também teria sido usada na mesma época. Para impedir a disseminação de informações, os livros eram envenenados, e acabavam matando os leitores, que tinham o hábito de molhar a ponta do dedo na língua para virar as páginas.

Também era muito comum que ao conquistar uma cidade, o exército inimigo simplesmente queimasse todos os livros do povo dominado. Mas ficando apenas no mundo da literatura, impossível não citar livros como Farenheit 451 e 1984, que bem mostraram a relação entre o poder e o controle das informações. No livro bíblico de Gênesis, Adão e Eva também são punidos por provarem da “árvore do conhecimento”, em um possível incentivo à obediência em detrimento de um pensamento mais questionador. Como se pode ver, conhecimento é um bom negócio. Sem ele ainda estaríamos andando peladões por aí.

Na adolescência, Paulo Coelho era meu melhor amigo, li e re-li diversas vezes, e em cada vez, a descoberta de novos sentimentos e emoções, que só experimenta quem deixa por um tempo a realidade e mergulha num mundo de sensações que são os livros.

Realmente Quem Lê é perigoso, perigoso porque deixa pra traz uma consciência pequena e limitada, para se tornar um indivíduo questionador.
 


(etceteraomnia )


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