segunda-feira, 24 de abril de 2017

POLITICAS PÚBLICAS X ASSISTENCIALISMO



É comum confundir Políticas Públicas com Assistencialismo, porém essas duas práticas são completamente diferentes. As políticas públicas são programas sociais com a finalidade de melhorar a vida das pessoas e correspondem a direitos assegurados, é um direito do cidadão e um dever dos Estado e Municípios.
As políticas públicas afetam a todos os cidadãos, de todas as escolaridades, independente de sexo, raça, religião ou nível social. Os direitos assegurados a sociedade, aumentam as responsabilidades do gestor público e podemos dizer que sua principal função é promover o bem-estar do cidadão, gerindo os recursos da forma mais eficiente possível.

O bem-estar está relacionado a ações bem desenvolvidas e à sua execução em áreas como saúde, educação, meio ambiente, habitação, assistência social, lazer, transporte e segurança, ou seja, deve-se contemplar a qualidade de vida como um todo e de todos, sem distinção, conforme sua necessidade.
E é a partir desse princípio que, para atingir resultados os governos eficientes e eficazes se utilizam de um bom planejamento em políticas públicas.

Já o assistencialismo é uma prática individual e danosa, vem em forma de ajuda, de favorecimento, uma troca de favores, não há uma transformação permanente, ou seja, não há mudanças na realidade social dos indivíduos, pois sua principal característica é a doação, um ato de caridade. Vem através da utilização de suas maiores necessidades para tirar vantagens de cunho político/eleitoreiro.
Infelizmente a política atual é norteada pelo assistencialismo: eleitor e político mantêm uma relação de compra e venda, o voto é oferecido em troca de dinheiro, ou favores são oferecidos em troca do voto.

O clientelismo também é uma pratica muito influente no setor público e nada mais é que a utilização da máquina pública, para privilegiar alguns em detrimento de outros. É também uma pratica perversa muito utilizada pelos governantes, porque  imobiliza e amordaça o beneficiado, que não pode  ter opinião, sobretudo se ela for contrária ao pensamento do mandatário. Aquele que usa a máquina pública para benefício próprio não passa de um “traficante de influência”. Não precisa ser um gênio para perceber, que esse fenômeno é a mola mestra da corrupção política.

Segundo o sociólogo Karl Marx, “a desigualdade social é definida pela má distribuição de renda, advinda da divisão das classes sociais, onde umas têm maiores oportunidades do que as outras, em questões que deveriam ser iguais para todos. Essa desigualdade leva à muitos problemas que poderiam ser evitados, por exemplo, à violência e à criminalização”.

Quando o governo não investe em Políticas Públicas de qualidade e ao alcance de todos há o agravamento das questões sociais, quando o governo é assistencialista a população segue acorrentada a práticas desumanas.
 

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