domingo, 1 de setembro de 2013

As eleições em 2014 (Editorial)



A política local costuma seguir roteiros próprios, fora dos mapas usados nas campanhas para o Planalto, governos estaduais, Congresso e assembleias legislativas.

Inimigos municipais podem ser aliados federais, e vice-versa, num país em que partidos ainda não são sólidos, até pela falta de uma cláusula de barreira efetiva. A futura campanha para o pleito nacional e estadual tem estimulado análises sobre a possível composição de forças em 2014, no próprio campo do grupo político no poder.

Animais de alta sensibilidade, os políticos são treinados em sondar o futuro. E quando, por exemplo, existe uma conjuntura econômica preocupante como a atual, o faro para detectar perspectivas de poder à frente tende a ficar ainda mais apurado.

É visível como o bailado na aliança que sustentou Lula e dá suporte a Dilma não é tão harmônico como nos tempos da cidadela do poder inexpugnável. Os passos mais desencontrados têm sido da dupla PT-PSB, da qual já não se espera um pas de deux sequer apresentável.

Se a desarmonia é prenúncio de divórcio em 2014, não se sabe. Mas a crise na relação é aberta. Em entrevista à “Folha de S.Paulo”, publicada domingo, o presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, governador de Pernambuco, diz que o PT cria mais problema para Dilma que o partido dele. Faz sentido.
Em Fortaleza, o governador, do PSB, Cid Gomes discordou do nome do candidato lançado pela prefeita petista, em mais um conflito. No entendimento de Eduardo Campos, o PT, mais uma vez, não controla o ímpeto de buscar a hegemonia — uma faceta de correntes políticas vindas de certas frações da esquerda.

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