Com o
título “Um avaliação na justa medida”, eis artigo da
secretária estadual da Educação, Izolda Cela, publicado no O POVO
desta segunda-feira, e que merece reflexões. Confira:
O Índice
de Desenvolvimento Humano Municipal Brasileiro (IDHM) recentemente
divulgado mostra um significativo crescimento do País nas três
dimensões que o compõem: educação, longevidade e renda. Também
reflete os ainda alarmantes níveis de desigualdade socioeconômica
que desafiam o “Gigante”. Se é verdade que nos municípios
brasileiros, sem exceção, o índice da educação fica abaixo dos
outros dois, há o alento de que apresentou o maior crescimento.
Partiu, em 91, de um patamar rebaixadíssimo.
O fato de
o Ceará estar em primeiro lugar do Nordeste e à frente da maioria
dos estados do Norte é muito importante, sim. Mostra o esforço de
fazer mais com menos. A 5ª pior posição nacional no PIB per capta
registrada em 91 permanece em 2010. Além disso, as realizações
educacionais que compõem o indicador precisam ser conhecidas para
que a sociedade dimensione melhor os desafios da robusta tarefa de
melhorar a educação pública.
O Ceará
cresceu na 1ª década avaliada e mais ainda na 2ª década. Além
disso, a posição no ranking nacional melhorou significativamente em
2010, especialmente nos indicadores referentes aos mais jovens. Com
relação ao percentual de crianças de 5 e 6 anos na escola, o Ceará
era o 5° em 91 e, desde 2000, é o 1º. Em 1991, o Ceará era o 19°
no País com relação à população de 11 a 13 anos frequentando os
anos finais do ensino fundamental, passando para o 16° em 2000, e
12° em 2010. No importante indicador da população de 15 a 17 anos
com fundamental completo, passamos do 19º lugar em 1991 para o 18º
em 2000, chegando ao honroso 11° lugar no ranking nacional em 2010.
Na nossa frente somente os muito mais ricos do que nós. A população
de 18 a 20 anos com ensino médio completo subiu de 7,3% em 91 para
15% em 2000, chegou a 37.3% em 2010 e somos o 14° no país. A pior
posição do Ceará (16°) diz respeito ao indicador que mede as
realizações educacionais dos mais velhos que não concluíram o EF.
Se acesso
e conclusão são importantes realizações que ainda nos convocam,
desde 2007 esta gestão procura enfrentar muito especialmente os
desafios da Aprendizagem. O Programa Alfabetização na Idade Certa
(Paic) está mostrando a que veio, com impactos significativos no
Ideb. Está em pauta “o que” os alunos estão aprendendo, e não
somente se permanecem na escola. Importantes avanços, estrada ainda
longa para a perseguida qualidade.
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Izolda Cela
Secretária
da Educação do Estado do Ceará.