segunda-feira, 5 de agosto de 2013

CEARÁ REGISTRA AVANÇOS NO RANKING EDUCACIONAL

Com o título “Um avaliação na justa medida”, eis artigo da secretária estadual da Educação, Izolda Cela, publicado no O POVO desta segunda-feira, e que merece reflexões. Confira:

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal Brasileiro (IDHM) recentemente divulgado mostra um significativo crescimento do País nas três dimensões que o compõem: educação, longevidade e renda. Também reflete os ainda alarmantes níveis de desigualdade socioeconômica que desafiam o “Gigante”. Se é verdade que nos municípios brasileiros, sem exceção, o índice da educação fica abaixo dos outros dois, há o alento de que apresentou o maior crescimento. Partiu, em 91, de um patamar rebaixadíssimo.

O fato de o Ceará estar em primeiro lugar do Nordeste e à frente da maioria dos estados do Norte é muito importante, sim. Mostra o esforço de fazer mais com menos. A 5ª pior posição nacional no PIB per capta registrada em 91 permanece em 2010. Além disso, as realizações educacionais que compõem o indicador precisam ser conhecidas para que a sociedade dimensione melhor os desafios da robusta tarefa de melhorar a educação pública.

O Ceará cresceu na 1ª década avaliada e mais ainda na 2ª década. Além disso, a posição no ranking nacional melhorou significativamente em 2010, especialmente nos indicadores referentes aos mais jovens. Com relação ao percentual de crianças de 5 e 6 anos na escola, o Ceará era o 5° em 91 e, desde 2000, é o 1º. Em 1991, o Ceará era o 19° no País com relação à população de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental, passando para o 16° em 2000, e 12° em 2010. No importante indicador da população de 15 a 17 anos com fundamental completo, passamos do 19º lugar em 1991 para o 18º em 2000, chegando ao honroso 11° lugar no ranking nacional em 2010. Na nossa frente somente os muito mais ricos do que nós. A população de 18 a 20 anos com ensino médio completo subiu de 7,3% em 91 para 15% em 2000, chegou a 37.3% em 2010 e somos o 14° no país. A pior posição do Ceará (16°) diz respeito ao indicador que mede as realizações educacionais dos mais velhos que não concluíram o EF.

Se acesso e conclusão são importantes realizações que ainda nos convocam, desde 2007 esta gestão procura enfrentar muito especialmente os desafios da Aprendizagem. O Programa Alfabetização na Idade Certa (Paic) está mostrando a que veio, com impactos significativos no Ideb. Está em pauta “o que” os alunos estão aprendendo, e não somente se permanecem na escola. Importantes avanços, estrada ainda longa para a perseguida qualidade.

* Izolda Cela

Secretária da Educação do Estado do Ceará.



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